Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) coloca Pelotas como o segundo município com maior número de pessoas morando em áreas de risco em toda a região Sul do Brasil, atrás somente de Blumenau (SC). Segundo os dados mais recentes do estudo População em Área de Risco no Brasil, referentes ao ano de 2010, a terceira cidade mais populosa do Rio Grande do Sul tinha 53.470 moradores vivendo nesta situação.
O número representa cerca de 16,3% da população total do município. O segundo município gaúcho que figura no ranking é Caxias do Sul, com 34.626 pessoas. O Rio Grande do Sul totalizou 274.390 moradores nessa situação — 7,1% da população total dos municípios monitorados no Estado.
No caso de Pelotas, as características geográficas e a falta de medidas de planejamento contribuem para o histórico dos números. A zona urbana de Pelotas está inserida em uma área plana, de baixa altitude, e também próxima a corpos hídricos como a Lagoados Patos, Arroio Pelotas e o Canal São Gonçalo, o que propicia frequentes alagamentos. Em outubro de 2015, uma sequência se chuvas volumosas causou prejuízos em torno de R$ 40 milhões, danificando três mil casas e afetando 10 mil pessoas.