O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) irá definir nesta terça-feira (15) se o Conjunto Histórico de Pelotas e as Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do Leão, Morro Redondo, Turuçu) receberão o titulo de tombamento arquitetônico e registro de patrimônio imaterial do Brasil.
Pela primeira vez, o Iphan pode unificar dois instrumentos de proteção: o tombamento e o registro de patrimônio imaterial. O primeiro seria o tombamento pelo aspecto arquitetônico e artístico da cidade que caracterizam o Conjunto Histórico de Pelotas. Ao todo quatro praças (José Bonifácio, Coronel Pedro Osório, Piratinino de Almeida, Cipriano Barcelos) um parque (Dom Antônio Zattera), a Chácara da Baronesa e a Charqueada São João integram o Conjunto Histórico de Pelotas. Caso aprovado, o conjunto histórico de Pelotas pode ser inscrito em três Livros do Tombo: Livro do Tombo Histórico, Livro do Tombo de Belas Artes e Livro do Tombo Arqueológico, etnográfico e paisagístico.
A possibilidade do registro das Tradições Doceiras de Pelotas e Antiga Pelotas se enquadra no registro imaterial. A cidade, que já havia recebido o título de capital nacional do doce, especialmente em razão da produção doceira, pode ganhar outro reconhecimento. Nesse caso, contempla a relação demonstrada entre o modo de fazer o doce e a tradição portuguesa, com o território onde ele é feito.
A votação no Iphan sobre o tombamento do Conjunto Histórico de Pelotas ocorre durante o período da manhã em Brasília. No período da tarde serão colocados em votação o Conjunto Histórico de Pelotas e as Tradições Doceiras da Região de Pelotas e Antiga Pelotas. O conselho que avalia os processos de tombamento é formado 22 membros, que representam diversos institutos governamentais, e mais 13 especialistas.