A decisão do governo federal de acabar com a cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de caminhões terá impacto de R$ 6 milhões por ano no Rio Grande do Sul. A estimativa é da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), única concessionária que opera pedágios nas rodovias estaduais.
Por mês, a EGR arrecada cerca de R$ 25 milhões com a cobrança nas 14 praças em que opera. Conforme o presidente da empresa, Nelson Lidio Nunes, ainda que a perda estimada em R$ 500 mil por mês seja significativa, não haverá cancelamento de atividades de conservação de vias.
— Todo valor para nós é significante. O que nós julgamos importante é que possamos atender essa demanda dos motoristas. Alguma coisa (de investimento) pode ser adiada para ser executada. Não deixaremos de fazer nenhuma de nossas ações. O que pode haver em determinadas praças é uma reprogramação dos investimentos — projetou.
A EGR deixou de cobrar, na manhã desta segunda-feira (28), o pedágio relativo aos eixos suspensos dos caminhões, atendendo à medida provisória (MP) publicada no domingo pelo governo federal. No texto assinado pelo presidente Michel Temer, há determinação de que "os veículos de transporte de cargas que circularem vazios nas vias terrestres federais, estaduais, distritais e municipais ficarão isentos da cobrança de pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos".
Nas rodovias federais, a cobrança não acontece desde 2015, quando entrou em vigor a chamada Lei dos Caminhões. Com isso, as outras duas concessionárias que operam pedágios no Estado (Concepa e Ecosul) já não cobravam valores referentes aos eixos suspensos e não sofrem alterações com a recente MP.