O período entre a tarde de sexta-feira (6) e a manhã desta segunda (9) no trânsito gaúcho é o mais violento até o momento em 2018. Conforme o balanço do Grupo RBS, 24 pessoas morreram em 17 acidentes em estradas e ruas do Rio Grande do Sul somente neste final de semana.
Nem nos cinco dias do feriadão de Ano-Novo tanta gente foi vitimada em estradas. Naquele período, foram 21 pessoas mortas.
Dois acidentes graves impulsionaram o quadro negativo no número de mortes no final de semana. Em Estrela Velha, no Centro do Estado, cinco pessoas que estavam em um Uno morreram após o carro colidir em um caminhão de carga, na RS-481, na noite de domingo (8). Também no domingo, mas na madrugada, três pessoas morreram em um acidente em São Pedro do Sul, BR-287.
A maioria das mortes, 12, ocorreram em rodovias federais. Outras 11 em estradas estaduais, e uma em uma rua dentro de uma cidade. O interior do Estado concentrou 21 vítimas, enquanto outras três morreram em acidentes na Região Metropolitana.
As autoridades de trânsito tentam encontrar a causa para tantos acidentes em um curto período de tempo. O chefe de comunicação social da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Rio Grande do Sul, Alessandro Castro, avalia que muitas das batidas tiveram como motivação o sono de motoristas.
— Em uma análise inicial, muitos dos acidentes foram por invasão da pista contrária, ou por sono ou ultrapassagem. Foram fatalidades provocadas pela incompetência dos motoristas. Não tem cabimento ter tantos acidentes em período tão curto — avalia Castro.
Castro também afirma que a maior parte dos acidentes ocorreram ao amanhecer de sábado ou domingo, o que reforça a tese de que o cansaço ao volante causou o acidente.
Para o comandante do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), coronel Nelson Alexandre de Moura Menuzzi, o final de semana foi uma "exceção total" se comparado aos demais de 2018. Segundo ele, no primeiro trimestre, houve uma redução de aproximadamente 30% nas vítimas no trânsito.
A PRF afirma que analisará se prepara novas ações após o elevado número de acidentes. O CRBM não informou se fará algum procedimento diferente.