As autuações em blitze da Balada Segura em Caxias do Sul tiveram um aumento de 48,1% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. Enquanto no ano passado os agentes de trânsito flagraram 2.671 infrações, neste ano foram 3.956.
Todos as práticas que desrespeitam a lei fiscalizadas durante as operações tiveram aumento. A embriaguez ao volante, por exemplo, subiu de 148 casos no ano passado para 251 neste ano, uma alta de 69,5%. No caso de motoristas que nunca fizeram autoescola flagrados dirigindo, o aumento foi ainda maior, de 183,7%. No ano passado a Balada Segura identificou 43 motoristas não habilitados. Neste ano, foram 122.
Segundo o diretor da Escola Pública de Trânsito, Carlos Beraldo, embora as operações tenham registrado os 122 motoristas não habilitados neste ano, 88 motoristas foram autuados por entregar o veículo a pessoa não habilitada. A diferença entre os dois números, ou seja, 34 pessoas, representam motoristas que são donos dos carros, mas nunca fizeram a carteira de habilitação.
Entre as justificativas para a alta dos índices, está a fiscalização mais intensa, já que foram realizadas 600 abordagens a mais neste ano.
— Houve um aumento claro, inclusive por aumento na fiscalização, mas as pessoas também estão desafiando a lei, achando que não dá nada — alerta Beraldo.
Para evitar que os motoristas compartilhem os locais de blitze, a secretaria tem adotado a estratégia de fazer operações itinerantes. Ainda assim, os caminhos alternativos são um desafio para fiscalização.
— Quem desvia da blitz é o malfeitor do trânsito. O cidadão de bem vai passar e, no máximo, perder cinco minutos — observa.
Nesta quinta-feira (19) começaram a valer penas mais duras para motoristas que bebem e dirigem. A nova legislação aumenta as penas para homicídio culposo (sem intenção de matar) de trânsito causado por embriaguez e para lesão corporal grave ou gravíssima.