A família do gaúcho Daniel Guerra detido no arquipélago de Cabo Verde – distante pouco mais de 400 km da costa africana –, acusado de tráfico internacional de drogas, confirmou que o julgamento dele vai ocorrer no dia 12 de março. Guerra, natural de Passo Fundo, está preso com outros dois brasileiros e um francês desde agosto de 2017.
O julgamento, que pode determinar a soltura dos quatro, é aguardado com ansiedade pelos familiares e amigos do velejado. Além de Daniel, estão presos os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas e um capitão francês. Todos dizem ter sido enganados, usados como “mulas”, sem ter conhecimento sobre a carga que levavam escondida no casco da embarcação.
Desde o final do ano passado, a família Guerra está em solo africano para tentar libertar o filho. Eles disseram que o verdadeiro culpado seria o dono do veleiro e que Daniel não recebeu nenhum dinheiro pela viagem, apenas alimentação e as passagens aéreas para retornar ao Brasil.
Os quatro foram contratados por uma empresa holandesa para levar um barco de 22 metros de comprimento de Salvador (BA) até Portugal. Depois de 18 dias cruzando o Oceano Atlântico, problemas mecânicos os forçaram a ancorar em Cabo Verde. No país, a polícia inspecionou o barco e descobriu mais de uma tonelada de cocaína no casco, sob um revestimento de ferro e concreto.