A seccional catarinense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) contextualiza a morte do reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em "circunstâncias trágicas". Em nota enviada no início da tarde desta segunda-feira (2), a entidade lamenta o suicídio do principal administrador da instituição de ensino superior. No mesmo documento, a representação dos advogados catarinenses critica a maneira com que as prisões provisórias no país são feitas: "antes sequer da ouvida dos envolvidos, que dirá sua defesa".
Para a OAB-SC, prisões como a do reitor resultam em manchetes de jornais capazes de destruir completamente reputações "construídas duramente ao longo de anos de trabalho e sacrifícios". O peso desses sentimentos, segundo a ordem, pode ser insuportável.
A OAB-SC decretou luto oficial de três dias, assim como a própria UFSC.
Confira a nota da OAB-SC na íntegra:
A OAB SC manifesta publicamente seu profundo pesar pela morte do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancelier, ocorrida na manhã desta segunda feira em Florianópolis, em circunstâncias trágicas.
É chegada a hora da sociedade brasileira e da comunidade jurídica debaterem seriamente a forma espetacular e midiática como são realizadas as prisões provisórias no Brasil, antes sequer da ouvida dos envolvidos, que dirá sua defesa.
Reputações construídas duramente ao longo de anos de trabalho e sacrifícios podem ser completamente destruídas numa unica manchete de jornal. Para pessoas inocentes, o prejuízo é irreparável. Cabe-lhes a vergonha, a dor, o sentimento de injustiça. O peso destes sentimentos pode ser insuportável.
Aos familiares e amigos do Prof. Cancelier, nossas sinceras condolências.
A OAB SC está em luto oficial por três dias.