Depois da exibição fraca do Botafogo contra o Grêmio, na noite desta quarta-feira, não me resta outra avaliação: só uma catástrofe tira o Tricolor da semifinal da Libertadores. No começo da partida, a pressão esperada do time carioca, que jogava em casa, empurrado pela torcida, não veio. O Grêmio,mesmo desfalcado, e longe de seus melhores momentos no ano, conseguiu controlar bem a partida.
O fato de achar que a vaga está bem encaminhada, não anula minhas preocupações com a atuação do time, e com o restante do ano, no Brasileirão e na Libertadores. Barrios, embora tenha feito algumas boas assistências para os que vinham de trás, não teve boa atuação. Muito, também, por não receber uma bola decente, e por não ter a parceria de luxo de Luan e Pedro Rocha.
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No meio-campo, que era uma preocupação, por não termos um armador, acabou surgindo uma luz, "disfarçada" de volante: Arhur. Ele jogou demais, quase fez um golaço, compensou toda a falta de técnica dos demais companheiros de setor em uma noite brilhante. Para alívio da torcida, Bressan teve mais uma atuação segura. Méritos, e parabéns a ele e para Renato, que deu confiança ao zagueiro. E Kannemann, bom, foi o Kannemann dos seus melhores dias, um monstro.
Mas, termino esse texto do jeito que comecei: o resultado passa mais pela ruindade do Botafogo do que por qualidades do Grêmio, especificamente no jogo desta quarta-feira. Caso meu sentimento se concretize, e o Grêmio passe de fase, teremos um mês para que Arroyo esteja em forma e para que Luan volte aos seus melhores dias. Oremos. É o que nos resta.