Morreu, na madrugada desta quarta-feira (16), em Brasília, o ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, aos 58 anos. Conhecido no Brasil desde 2013, quando buscou asilo político alegando perseguição do então presidente Evo Morales, Molina não resistiu aos ferimentos causados por um acidente de avião.
No último sábado (12), o monomotor em que ele estava caiu logo após decolar do Aeroclube de Luziânia, em Goiás, onde havia feito um rápido abastecimento. A aeronave – prefixo PU-MON – ficou destruída e Molina, piloto e único ocupante pilotava, ficou gravemente ferido.
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O Corpo de Bombeiros de Luziânia prestou socorro ao piloto que ficou preso às ferragens. Ele foi removido com várias lesões e transportado de helicóptero para o Hospital de Base de Brasília, onde acabou morrendo nesta quarta.
Segundo a Secretaria de Saúde, ele teve parada cardiorrespiratória e não respondeu às manobras de reanimação. O corpo foi encaminhado para o IML, por se tratar de acidente aéreo.
Molina foi senador na Bolívia pelo Plano de Progresso para a Bolívia – Convergência Nacional, partido de extrema direita. Ele se tornou conhecido no Brasil em 2012, quando foi acusado pelo governo Evo Morales por irregularidades como dano econômico ao Estado, estimados em US$ 1,7 milhões. Na época, ele se refugiou na embaixada do Brasil em La Paz.
No ano seguinte, conseguiu asilo no Brasil sob alegação de perseguição política. Sua fuga para o Brasil, transportado de carro pela fronteira boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, levou à demissão do então ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota.
O ex-senador também foi lembrado em 2016, dessa vez por conta do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia, por ser sogro do piloto da aeronave, Miguel Quiroga.
*ZH com agências