Em cinco dias, entre o dia 2 e 7 de agosto, uma agência dos Correios foi assaltada na 24 de outubro, em Porto Alegre, e um caminhão da estatal que faria entregas foi roubado na região da Campanha, na BR-290, em Bagé, e desovado em Cachoeira do Sul. Segundo a Polícia Federal, quadrilhas criminosas se aproveitam do fato dos Correios estar sendo utilizado mais para envio de mercadorias de alto valor do que para correspondências.
Em 2016, houve um ataque a cada três dias, em média: foram 58 assaltos a agências dos Correios e 61 roubos de veículos da empresa no Estado. Já neste ano, a polícia registrou aumento na média: um caso a cada 2,5 dias: até o momento, 39 agências foram assaltadas e 48 veículos foram atacados por criminosos.
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Para combater esse tipo de crime, a Polícia Federal procura agrupar ocorrências que apresentem informações similares de atuação dos criminosos com o objetivo de obter maior efetividade nas ações e, além disso, produção de provas que resultem em condenação por parte do poder Judiciário.
Na semana passada, uma quadrilha especializada em roubo a carros dos Correios, em Porto Alegre, investigada em pelo menos sete casos similares, foi presa na quarta fase da Operação Correio Seguro, da Polícia Federal. Na ação, três suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional.
Os Correios
Os Correios avaliam que são vítimas de um problema de segurança pública, assim como outras instituições. A empresa esclarece que, em casos de roubo a mercadorias, são restituídos aos remetentes os valores pagos pelo serviço de entrega, acrescidos de taxas de serviços e produtos adicionais adquiridos, exceto valores declarados. São duas situações:
1- Quando não contratado o serviço adicional de valor declarado, aos valores pagos pelo serviço de entrega será acrescida uma quantia que varia entre R$ 50 e R$ 75, conforme o serviço contratado (Sedex, Sedex 10, Sedex Hoje ou PAC).
2 - Quando contratado o serviço adicional de Valor Declarado, aos valores pagos pelo serviço de entrega será acrescido o valor total declarado, conforme Nota/Cupom Fiscal ou Formulário de Discriminação de Conteúdo, no limite máximo para o valor declarado de R$ 3 mil para PAC e R$ 10 mil para outras encomendas.
Para que seja ressarcido, o cliente precisa abrir uma reclamação no Fale Conosco (pelo site dos Correios ou pelo telefone 0800 725 0100). Se a empresa considerar a solicitação procedente, caberá indenização.