Em retiro no litoral de São Paulo para terminar de escrever um livro, o ex-senador Eduardo Suplicy, hoje vereador em São Paulo, disse ter conversado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta quarta-feira (12), após a condenação pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá ser conhecida. Segundo Suplicy, uma das figuras mais carismáticas do PT no país, o líder petista transparecia indignação pela decisão, mas também demonstrava confiança em uma reversão da sentença na segunda instância.
– Expressei minha solidariedade a ele. De um lado, está com um sentimento de que lhe foi aplicada uma pena injusta. Mas está recebendo amigos no Instituto Lula. Mas tem a convicção de que será inocentado – diz Suplicy.
Leia mais:
Moro estava condenado a condenar Lula, diz Tarso
Dilma critica condenação de Lula
Procuradores querem o dobro da pena para Lula
Assim como outros correligionários, Suplicy partiu para a defesa de Lula e criticou Moro. Para o ex-senador, a defesa de Lula apresentou argumentos suficientes para comprovar sua inocência, "mas o juiz Moro não quis reconhecer as provas a respeito".
Suplicy também diz notar certa diferença de tratamento do judiciário na comparação entre as decisões que envolvem petistas e membros de outros partidos. Para o vereador paulistano, os indícios que pesam contra o presidente Michel Temer, por exemplo, são mais graves. O mesmo diz notar em relação ao senador tucano Aécio Neves.
– Nos casos que envolvem membros do Partido dos Trabalhadores, o rigor é maior. É o que eu observo – diz Suplicy.