O doleiro Lúcio Funaro, apontado como suposto operador do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi transferido, nesta quarta-feira (4), do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, para a carceragem da Polícia Federal. A decisão é da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do DF. As informações são do site G1.
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Funaro, que estaria negociando acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), está preso desde julho de 2016, quando foi um dos alvos da Operação Sépsis. O doleiro e Cunha seriam integrantes do grupo que cometia fraudes no Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). Segundo a magistrada, a transferência foi um pedido do MPF. No entanto, não foi informado o motivo da medida.
Em depoimento à PF, o doleiro afirmou que o presidente Michel Temer tinha conhecimento sobre pagamentos de vantagens indevidas na Petrobras. Funaro também disse que o presidente orientou desvios na Caixa Econômica Federal.
O testemunho de Funaro está entre os principais argumentos para o pedido de prisão contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), cumprido na última segunda-feira (3). O operador financeiro disse que sua mulher recebeu sondagens de Geddel sobre possível tentativa de Funaro fechar acordo de delação.
Na petição apresentada à Justiça para solicitar a prisão do ex-ministro, foram citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo.