A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (1º) a Operação Cifra Oculta para apurar crimes eleitorais e lavagem de dinheiro relacionados à campanha de 2012 para a prefeitura da cidade de São Paulo.
A investigação, segundo a PF, é um desdobramento da Operação Lava-Jato e teve início em novembro de 2015 por determinação do Supremo Tribunal Federal para desmembrar a colaboração premiada de executivos da empresa UTC.
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"O inquérito apura o pagamento, pela empreiteira, de dívidas de uma das chapas da campanha de 2012 à prefeitura municipal de São Paulo, referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões. A gráfica pertencia a familiares de um ex-deputado estadual", diz nota da PF. De acordo com a investigação, "a dívida teria sido paga por meio de um doleiro, em transferências bancárias e dinheiro vivo, para empresas".
"Uma empresa mencionada na delação aparece como fornecedora de serviços, com valores informados de R$ 354.450,00. Somente consta na prestação de contas ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral] outra prestação de serviços gráficos de R$ 252.900,00, valores bem inferiores à soma de R$ 2,6 milhões, que teria sido paga pela empreiteira UTC a gráficas", diz ainda a nota.
Trinta policiais federais cumprem nove mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, em São Caetano e Praia Grande, na Baixada Santista. Os mandados foram expedidos pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.