No final de tarde deste domingo, o coletivo Afroguerrilha já havia arrecadado R$ 19,9 mil para apagar a tatuagem "eu sou ladrão e vacilão" de um adolescente de São Bernardo do Campo, em São Paulo. O grupo pretendia arrecadar R$ 15 mil. O jovem, que não teve o nome divulgado, foi acusado por Maycon Wesley e Ronildo Moreira de Araujo de roubar uma bicicleta e, como punição, teve a testa tatuada. O momento foi registrado em vídeo postado nas redes sociais.
Além da remoção da tatuagem, a iniciativa também prevê o custeio de cuidados com saúde - para o adolescente se recuperar de uma suposta dependência química e ter acompanhamento psicológico - e do processo na justiça contra os acusados. De acordo com descrição no site de doações, integrantes do coletivo conheceriam o menino e sua avó.
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O caso
O adolescente estava desaparecido desde o dia 31 de maio e, quando o vídeo da ação viralizou nas redes sociais, a família o reconheceu e levou as gravações para as autoridades. Na madrugada deste sábado (10), os acusados foram presos por tortura pela Polícia Civil e estão detidos no 3º Distrito Policial de São Bernardo.
Nas imagens, Wesley obriga o menino a "pedir" uma tatuagem com a palavra "ladrão". O comparsa, Araújo, grava o momento e grita que "vai doer". A dupla também faz o adolescente contar que tentou roubar a bicicleta de um "homem que trabalha no farol" e que não tem perna.