Correção: a Rua da Represa fica localizada no bairro Coronel Aparício Borges, e não no bairro São José. A informação incorreta permaneceu publicada entre 12h15min e 14h30min desta terça-feira (13).
Após seis dias de buscas, o corpo de Carine Gonçalves foi encontrado nesta terça-feira, no Guaíba, em Porto Alegre. Na madrugada de quinta-feira (8), a casa em que ela vivia com a mulher, Daiane Silva, foi atingida por enxurrada depois que o riacho Moinho, que passa perto do lugar, transbordou. A água invadiu a residência, que fica na Rua da Represa, no bairro Aparício Borges, na zona leste da Capital.
Daiane foi encontrada a cerca de 500 metros da residência e encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Já Carine estava desaparecida até esta manhã.
Além de percorrer toda a extensão do riacho, o corpo passou pelo Arroio Dilúvio e já estava em uma área avançada do Guaíba quando foi encontrado pelo pescador Paulo Ricardo Ribeiro, 35 anos. Ele amarrou o corpo no barco, levou até a margem e acionou o Corpo de Bombeiros. Logo depois, o pai e uma das irmãs de Carine chegaram ao local. Outros familiares chegaram posteriormente e também participaram do reconhecimento do corpo.
– Foram seis dias de desespero. A família está arrasada, nós queremos fazer o sepultamento. É o que podemos fazer – desabafou Luiz Roberto Gonçalves, pai da vítima.
Leia mais:
VÍDEO: "Vou ficar aqui até encontrar o corpo", diz pai de desaparecida
Entre quarta e quinta, Porto Alegre teve 70% da chuva esperada para junho
Por volta das 10h desta terça, o pescador localizou o corpo.
– Estava pescando e avistei algo que parecia um boneco. Me aproximei e vi que não era. Vi que tinha uns brinquinhos e uma tatuagem que eu vi na notícia do jornal. Amarrei e trouxe pelo braço até às margens – contou.
O corpo de Carine foi levado pela perícia por volta das 11h50min. Para o capitão Tiago Bukowski, por mais que os bombeiros tentem manter um distanciamento profissional, é difícil não se envolver com o drama familiar.
– A intenção é sempre tentar socorrer com vida. Caso contrário, a expectativa é a de localizar o corpo para respeitar o luto da família. Por mais que possa haver um distanciamento, é sempre inevitável o envolvimento com os familiares – afirmou.
