Convocados por sindicatos, manifestantes realizaram um protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência no centro de Porto Alegre na tarde desta sexta-feira (30). A concentração ocorreu junto ao Mercado Público. Às 13h20min, o grupo subiu a Avenida Borges de Medeiros e seguiu pela Rua Jerônimo Coelho até chegar ao Palácio Piratini.
– Não teve a grande dimensão do dia 28 de abril, mas hoje foi um dia vitorioso, que atingiu o objetivo para nós – diz o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.
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Os manifestantes permaneceram até as 15h na Praça da Matriz, onde, além de atacar o presidente Michel Temer, também pediram a saída do governador José Ivo Sartori. Em um caminhão de som, lideranças sindicais também criticaram a "ação truculenta" da Brigada Militar durante a liberação das garagens das empresas de ônibus, em Porto Alegre, na manhã desta sexta-feira. Quatro dirigentes sindicais foram presos durante os protestos: dois ligados à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e outros dois da CSP-Conlutas.
A bancária Andréa Spinelli, 52 anos, participou da greve geral convocada em abril pelos sindicatos e não deixou de marcar presença na tarde desta sexta, com o bordão mais repetido pelos manifestantes estampado na camiseta: Fora Temer.
– Eu participei das Diretas Já em 1984. Não achava que a gente ia mais precisar passar por isso – queixa-se. – Estão tirando tudo o que a gente conquistou.
Ela lamenta que a manifestação não tomou proporções maiores em Porto Alegre.
– Teve pouca gente, e é muito triste isso. O pessoal não se deu conta do que vai acontecer.