A Central de Tratamento de Efluentes Líquidos (Cettraliq) quer retomar o quanto antes suas operações em Porto Alegre. Em nota enviada à Rádio Gaúcha, o advogado da empresa Eduardo Augusto Pires afirma que a Cettraliq aguarda autorização do Judiciário e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para poder voltar às atividades. A empresa está com os trabalhos suspensos desde agosto de 2016 por suspeita de provocar cheiro e gosto na água de Porto Alegre no ano passado.
Sobre a negativa de firmar acordo com o Ministério Público e Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), autores da ação, o advogado ressalta que não há qualquer certeza de que foi a Cettraliq que provocou o eventual dano ambiental.
"Não há, portanto, qualquer evidência, certeza ou convicção de que a Cettraliq é responsável por quaisquer danos ao meio ambiente, inclusive quanto às alterações de gosto e cheiro da água, muito menos qualquer possibilidade, neste momento, de quantificar ou valorar em dinheiro tais danos. Por isso, a não concordância da empresa quanto à proposta apresentada", afirma em nota.
Eduardo Augusto Pires sustenta que a perícia determinada pelo juiz da 10ª Vara da Fazenda Pública "certamente esclarecerá, de modo técnico, claro e definitivo, a exata dimensão das responsabilidades envolvidas no processo, uma vez que, até o presente momento, não há qualquer fato, dado ou prova concreta pela qual se possa imputar à Cettraliq
obrigação de reparação".
A Rádio Gaúcha aguarda retorno da Fepam.