O secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, tem reunião marcada com a equipe econômica, em Brasília, às 15h desta quinta-feira, para voltar a discutir a adesão do Estado ao plano de recuperação fiscal proposto pela União.
Como o Palácio Piratini segue sem cumprir parte das contrapartidas exigidas pelo governo federal, entre elas a privatização ou federalização de estatais, Feltes quer conversar sobre as opções disponíveis.
– A ideia é definir a modelagem da adesão. Não teremos um resultado definitivo, mas será um passo importante nas negociações – diz o secretário, que nesta quarta-feira também vai discutir o assunto com o secretário da Fazenda do Rio de Janeiro, Gustavo Barbosa.
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Para Feltes, o ideal seria assegurar três anos de suspensão no pagamento da dívida com a União (que poderão ser prorrogados por mais três) e obter aval do Ministério da Fazenda para um novo financiamento. O dinheiro seria usado para voltar a pagar a folha dos servidores sem atrasos e reduzir o rombo projetado até o fim do atual mandato.
O problema é a contrapartida exigida: para concretizar esse cenário, o Piratini precisará oferecer ativos como garantia à União. Esses ativos viriam da venda da CEEE, da Sulgás e da CRM, o que, por enquanto, está longe de se concretizar. Nesta terça-feira (30), o governador José Ivo Sartori anunciou a decisão de convocar plebiscito, o que, na melhor das hipóteses, ocorrerá apenas em 15 de novembro, se não ficar para 2018.
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