Preocupados com o aumento da violência em Caxias do Sul e em busca de alternativas capazes de combater a criminalidade, centenas de pessoas estiveram presentes numa audiência pública realizada na noite desta quinta-feira na Câmara de Vereadores.
O objetivo da reunião era buscar soluções a médio e curto prazos para violência, mas nenhuma novidade foi apresentada à comunidade. Na tribuna, representantes de moradores fizeram apelos para mais investimentos no policiamento comunitário.
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– Pedimos socorro. Estamos convivendo diariamente com assaltos e roubos. Estamos perdendo familiares e amigos para a violência. É preciso que, de forma integrada, as polícias ajudem a nossa comunidade. É preciso mais policiais nas ruas, mais policiamento comunitário ativo – disse o advogado Lucas Dihel, presidente do bairro Exposição.
Presente no debate, o representante da Polícia Civil, delegado Marcelo Grolli, apontou a falta de efetivo como a responsável pelo aumento da criminalidade. Ele também afirmou que a presença de uma facção criminosa em Caxias fez o número de homicídios crescer desde o ano passado.
– Trabalhamos com as ferramentas que temos disponíveis. Mas a realidade é está: não há previsão de mais efetivo policial – afirmou Grolli.
O secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, José Francisco Mallmann, salientou que a operações permanentes, como a realizada na Estação Férrea, são formas de, aos poucos, mudar a segurança pública de Caxias.
– A cidade tem várias áreas sensíveis. Já estamos atuando em locais com problemas históricos e sabemos o que tem dado certo. É desta forma que vamos trabalhar. Não vamos esquecer dos bairros, mas precisamos de calma e boas estratégias – explicou Mallmann.