Empresas de dois dos principais setores da economia de São Francisco de Paula, a produção de batatas e grãos, tiveram parte de seu patrimônio arrasado pela passagem da tempestade. O distrito industrial, instalado na entrada da cidade às margens da ERS-020, foi atingido em cheio pela ventania, que provocou todo tipo de estrago nos pavilhões e no maquinário.
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De acordo com a Associação Comercial e Industrial (ACI) do município, os empresários ainda avaliam os danos sem ter a exata noção do tamanho do prejuízo. Sócio de uma empresa que comercializa diariamente 20 mil quilos de batatas e outros cereais, Alcino Belleboni estima um custo de R$ 2 milhões para sanar as perdas. Apesar disso, Belleboni ainda se diz aliviado por não ter funcionários trabalhando no momento do temporal. Se fosse num dia de semana, cerca de 100 trabalhadores estariam nas dependências da empresa.
– Olhei para os pavilhões e vi tudo no chão, portão que tinha voado muitos metros, maquinário destruído. Era uma cena de horror, só agradeci a Deus por ter sido em um domingo e não ter nenhum dos funcionários trabalhando – diz o empresário, que estima em 20 dias o período para o trabalho voltar ao normal.
Ainda de acordo com a ACI, o comércio de São Francisco teve poucos prejuízos significativos, exceto dois supermercados que tiveram danos mais severos em seus depósitos.