Depois de cinco anos de tentativas frustradas em licitar a maior parte das rodoviárias, principalmente as de cidades pequenas, o governo prepara dois novos pacotes de editais, um para cidades pequenas, em que vai inaugurar uma modalidade, as agências rodoviárias, e outro para municípios médios e grandes. A situação da rodoviária de Porto Alegre é, literalmente, um caso à parte.
Única de "categoria especial" no Estado, a licitação será feita de forma separada, pois o prédio localizado no largo Vespasiano Júlio Veppo é de propriedade pública – é do Daer –, e não privado, como ocorre nas demais cidades. Dessa forma, caberia à autarquia realizar as obras de melhoria que a estação precisa.
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No entanto, como o governo enfrenta uma crise financeira, o Daer estuda solucionar dois problemas de uma vez só: vai lançar o edital de licitação – cobrado judicialmente – prevendo que o ganhador faça os investimentos necessários. Como contrapartida, a proposta prevê que o novo concessionário, em vez de pagar R$ 15 milhões ou R$ 20 milhões de outorga para o Daer – o valor não está definido –, aplique os recursos na reforma.
–São cinco décadas sem investimentos. Precisamos de uma modernização urgente – afirma Hagemann.
A ideia do Daer é que o edital contemple um pré-projeto, que especifique as exigências – como a criação de uma área para a venda de passagens no segundo andar do prédio, a liberação de um espaço maior para o fluxo de táxis e um rearranjo na área de embarque e desembarque –, mas o desenho deverá ser responsabilidade da empresa. A concessão deverá ser de 25 anos, prorrogáveis por mais 25, e será dada a quem entregar os melhores projeto e cronograma.
O Escritório de Desenvolvimento de Projetos – antiga AGDI –, a pedido do Daer, já trabalha no modelo do edital de licitação da rodoviária da Capital e o objetivo é lançá-lo até o fim do ano.