O ministro da Defesa, Raul Jungmann, considera a situação normalizada no Espírito Santo no que diz respeito à ordem pública. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta segunda-feira, Jungmann destacou que a ordem e a segurança pública estão "recuperadas", já que as escolas já estão abrindo, e o transporte público e demais serviços voltando a funcionar. Segundo ele, o Estado só não está em sua total normalidade porque uma parte da polícia militar ainda permanece em greve:
– No domingo à noite houve uma negociação, mas não sei dizer qual foi o resultado. De resto, acredito que está normalizado.
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Desde 4 de fevereiro, policiais militares do Espírito Santo deixaram de fazer o patrulhamento em ruas da Grande Vitória e de cidades do interior do Estado. A situação levou o Espírito Santo a viver um caos na segurança pública, que só começou a ser controlado na última semana.
Jungmann considerou a mobilização dos policiais uma "greve ilegal, um motim por parte de integrantes da polícia militar". O ministro afirmou, ainda, que as Forças Armadas interviram no Estado por uma questão constitucional, já que, quando um governo não tem condições, por suas forças locais, de manter a garantia da lei e ordem, ele solicita o apoio federal:
– A previsão inicial é de que o exército permaneça lá até o dia 16 de fevereiro, mas acredito que a situação exigirá um tempo a mais das Forças Armadas no Espírito Santo. Isso ainda será definido.
Questionado sobre a crise na segurança de outros Estados, o ministro afirmou que a situação mais preocupante, no momento, é a do Rio de Janeiro.
– Lá é onde existe um movimento similar ao do Espírito Santo, e por isso estamos acompanhando a situação no que diz respeito à lei e ordem. Até o momento o governo tem o controle da situação, mas estamos em prontidão – concluiu.