Na mesma semana em que o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) publicou o decreto do reajuste da tarifa de água em Caxias do Sul, assinado em 26 de dezembro, que estabelecia 8,11% de aumento, a autarquia disse que os cálculos da taxa foram revisados para menos. O novo percentual ficou em 6,45% e passa a valer a partir de março. As informações são da Gaúcha Serra.
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Segundo Gerson Panarotto, diretor-presidente interino do Samae, houve uma orientação do prefeito Daniel Guerra para que fossem reavaliados os componentes que envolvem o cálculo do reajuste: custos, investimentos previstos e amortização de financiamentos e dívida pública. Segundo Panarotto, os investimentos serão mantidos e não havia como amortizar nenhum valor dos juros das dívidas. A revisão, portanto, foi nos custos fixos.
O ex-prefeito Alceu Barbosa Velho disse que assinou o decreto anterior de 8,11% de reajuste obedecendo a orientação técnica dos servidores do Samae. Segundo o atual diretor do órgão, o que mudou foi a previsão de gastos com os servidores.
– Aí entra o número de Cargos em Comissão (CCs), porque não temos previsão de novos servidores e trabalhamos com a expectativa do corte de 50% das verbas de representação – explicou.
Com isso, a estimativa de economia é de R$ 2,5 milhões. O orçamento anual do órgão com a arrecadação da tarifa dos consumidores é de R$ 200 milhões. Entre as principais obras programadas para 2017 está a implantação da adutora Marrecas na Rota do Sol para levar água a bairros da Zona Norte, que deixarão de ser atendidos pela Maestra, casos do Pioneiro, Santa Fé, Fátima e Nossa Senhora de Saúde. Segundo Panarotto, a obra já está em processo de licitação.
Também está prevista para a metade do ano a implantação de uma adutora em Galópolis para desativar o sistema atual, que tem dois poços artesianos e uma estação de tratamento. A ligação será direta com o Sistema Faxinal.
No tratamento de esgoto, o Samae planeja desativar a estação de tratamento do Serrano e os dejetos serão direcionados para a do Cânion. As obras devem começar no primeiro trimestre e a expectativa de conclusão é para a metade do ano. Outro investimento previsto para começar no mês de janeiro é a substituição da rede de reforço, para impedir que a água transborde na barragem do complexo Dal Bó.