Depósitos clandestinos de lixo se propagam na praia de Atlântida Sul, no Litoral Norte, e geram queixas de moradores e veranistas. Em especial nesta temporada, chama a atenção da comunidade o aumento de um dos focos, localizado próximo à praia de Mariápolis.
A Rádio Gaúcha esteve na tarde de sexta-feira (13) no local, na rua Graciliano Ramos. A via é um trecho de chão batido da avenida Paraguassú - uma das mais importantes do Litoral Norte. Às margens da avenida, encontram-se restos de material de construção, de poda, latas de tinta, inseticidas e, até, televisores.
"Tenho casa aqui há quatro anos, sempre foi meio assim. Pessoal que não tem onde largar que vem e deixa o lixo aqui. Às vezes a prefeitura passa e tira, às vezes não", diz o aposentado Darcy Wagner Danemberg, 65 anos.
Outro foco clandestino de lixo foi localizado na avenida Antônio Schultz. Nesse ponto, chama a atenção a presença de restos de materiais de construção. A região fica num dos pontos de maior crescimento de condomínios e de lotes à venda de Atlântida Sul.
Procurada pela reportagem, a prefeitura de Osório - município a que pertence o balneário - manifestou surpresa com a informação da presença de lixo. Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, o local já havia sido no passado foco de depósito clandestino de lixo. Para Carlos Augusto Fontoura, a ação agora está sendo promovida à noite por carroceiros.
"Isso acontece em horários que não temos como fiscalizar. Mas contamos com a ajuda da população para nos informar. Temos interesse em corrigir isso, pois somos um ponto turístico", diz Fontoura.
O secretário municipal de Osório garantiu ainda que vai solicitar à subprefeitura de Atlântida Sul para que promova a limpeza do local ainda neste final de semana.
Além do problema com o lixo, a praia de Atlântida Sul é o único ponto impróprio para banho no mar do Litoral Norte.