Após um final de semana mercado por pelo menos dez mortes em águas internas do Rio Grande do Sul, o responsável pela Operação Golfinho alertou mais uma vez para que os banhistas evitem locais que não estejam protegidos por salva-vidas. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, o major Everton Souza reiterou a necessidade de ampliar uma cultura de conscientização sobre os riscos de nadar em áreas sem vigilância.
– Os locais onde não há posto de salva-vidas instalado não são próprios para banho. Mas, infelizmente, algumas pessoas ainda não tem essa percepção de risco – diz o major.
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A Operação Golfinho envolve 15 órgãos do Estado e prefeituras de cerca de 80 municípios no Litoral Norte, Litoral Sul e Costa Doce. A orientação é de que os veranistas busquem apenas as áreas atendidas salva-vidas militares e civis.
– São muitos locais em que, infelizmente, não há como fiscalizar. O local que não está identificado, não está seguro e não está protegido por salva-vidas não é um local para banho – frisa o major.
Everton Souza destaca algumas ações preventivas para evitar afogamentos, como a utilização de boias e o uso de colete salva-vidas. Caso um familiar ou amigo desapareça na água, no entanto, deve-se evitar o contato direto com a vítima.
– Nesses casos, é importante jogar um objeto flutuante porque a tendência da vítima é de se agarrar no objeto ou pessoa mais próxima. Então, se tiver contato físico, normalmente ela vai agarrar e vão acabar os dois se afogando.
Operação Golfinho contabiliza seis afogamentos na temporada
Iniciada em dezembro, a Operação Golfinho já contabiliza seis afogamentos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, apenas uma das mortes ocorreu durante horário de banho em local protegido pelos salva-vidas. As demais cinco ocorrências foram registradas em áreas não vigiados ou fora do horário de banho.