O adolescente que matou a turista gaúcha Daniela Scotto, 38 anos, na comunidade do Papaquara, em Florianópolis, se apresentou em uma delegacia de polícia do norte da Ilha, no Ingleses, na noite desta segunda-feira. Em depoimento, ele alegou que o tiro foi acidental. O jovem de 17 anos, que não teve o nome divulgado, era procurado desde o dia 1º de janeiro deste ano, quando ocorreu o crime.
Acompanhado por um advogado, o adolescente confessou que estava armado na noite do crime e que, como carro em que Daniela estava era de cor preta, ele achou que pudesse ser um inimigo e apontou a arma, mas que o tiro teria sido acidental. A informação é do delegado regional da Grande Florianópolis, Verdi Furlanetto. Segundo ele, o menor tem passagens pela polícia por tráfico de entorpecentes e desacato e agora será transferido para um Centro de Atendimento Socioeducativo (Case).
Ainda de acordo com o delegado, o adolescente teria pedido para que quando fosse apreendido, não ficasse na mesma ala com integrantes de uma facção criminosa do Estado. A Justiça já havia expedido um mandado para apreender o menor e, desde a madrugada em que o crime ocorreu, a Polícia Militar operava no acesso da comunidade do Papaquara.
Apesar do suspeito ter se apresentado à polícia, o inquérito ainda não foi concluído. O delegado da Polícia Civil Eduardo Mattos, responsável pelo caso, afirmou na noite desta segunda-feira que "não estão descartadas novas prisões". O nome do advogado de defesa que representa o adolescente não foi informado.
Colaborou Larissa Neumann
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