A Polícia Civil indiciou, nesta terça-feira (27), uma mulher de 38 anos apontada por jogar um coquetel molotov em um policial da cavalaria da Brigada Militar na última terça-feira (20), durante os protestos contra o pacote do governador José Ivo Sartori do lado de fora da Assembleia Legislativa.
Segundo o delegado Paulo César Jardim, da 1ª Delegacia de Polícia da Capital, Alessandra dos Santos e Moreira irá responder pelos crimes de lesão corporal, colocar a vida das pessoas em risco e por uso de explosivos.
"Ela não é funcionária pública e não tinha nenhum interesse direto no movimento [dos servidores], a não ser de fazer arruaça e criar confusão", afirmou o delegado.
No momento da prisão em flagrante, Alessandra alegou que era professora. No entanto, a reportagem da Rádio Gaúcha entrou em contato com o Cpers e com a Secretaria Estadual de Educação, que afirmam que ela não é filiada ao sindicato dos professores e também não está na folha de pagamento do Estado.
A mulher chegou a ficar presa por três dias no Presídio Madre Pelletier, mas foi liberada da penitenciária na última sexta (23), segundo a Susepe.
Na semana passada, diversos confrontos foram registrados entre manifestantes e Brigada Militar, enquanto os deputados discutiam e aprovavam projetos do pacote de medidas do governo estadual pra conter a crise financeira. Na terça (20), um policial militar e um cavalo ficaram feridos após serem atingidos por um coquetel molotov. Outras três agentes da Polícia Civil, que estavam manifestando no local, foram feridas por brigadianos com balas de borracha.
