A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta segunda-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e mais quatro pessoas no âmbito da Operação Lava-Jato. As informações são do site G1.
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Segundo a publicação, Lula foi enquadrado no crime de corrupção e os outros foram indiciados por lavagem de dinheiro. Os demais citados no inquérito são: Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, já condenado na Lava-Jato, Demerval de Souza Gusmão Filho, dono da empresa DAG Construtora, Roberto Teixeira, advogado do ex-presidente, e Branislav Kontic, assessor do ex-ministro.
Dois casos servem como base para o indiciamento. Um é sobre a compra de um terreno, que seria utilizado para a construção de uma sede do Instituto Lula, e o outro trata do aluguel do apartamento que fica em frente ao que o ex-presidente mora. Segundo o entendimento da PF, os dois casos se enquadram em pagamento de propina da construtora Odebrecht a Lula.
Conforme o G1, a assessoria de comunicação do Instituto Lula disse que o ex-presidente aluga o apartamento vizinho ao seu e que o instituto funciona no mesmo local há anos e nunca foi proprietário da área em questão. Sobre o terreno onde seria construído uma nova sede do instituto, a assessoria diz que a acusação é um "delírio acusatório".
Marcelo Odebrecht, ex-presidente do Grupo Odebrecht, não foi indiciado, pois, segundo o delegado que subscreve o caso, o empresário já responde por corrupção ativa, crime que lhe seria imputado. Bumlai não foi indiciado por falta de "novos elementos que amparassem a participação do mesmo nos fatos".