Às vésperas da principal data do ano para o comércio a disputa pela atenção do consumidor é acirrada na Av. Júlio de Castilhos, principal ponto de comércio no centro de Caxias do Sul. De um lado, estão os vendedores ambulantes. De outro, o comércio tentando garantir sua fatia de mercado com as mais variadas estratégias. No início da tarde da quinta-feira, a Gaúcha Serra percorreu sete quadras da Júlio, entre as ruas Alfredo Chaves e Coronel Flores. Em uma hora, contabilizou a presença de 90 ambulantes nas calçadas. As informações são da Gaúcha Serra.
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A maioria vendia produtos sem procedência, mas também havia vendedores de loteria e chip de celular. No comércio formal, as formas de chamar atenção do consumidor são o uso de som externo ou locução, caso de cinco lojas, e expôr parte da mercadoria na calçada, identificado em quatro estabelecimentos. Outra estratégia é a abordagem dos pedestres por parte dos funcionários, identificado em dois casos.
É comum também encontrar pessoas entregando panfletos, seja do comércio ou de outras atividades. No período em que estivemos na rua, contamos cinco pessoas distribuindo material impresso. Além disso, em dois pontos havia totens de material religioso e uma pessoa pedindo esmolas. A reportagem não encontrou nenhum fiscal da Secretaria do Urbanismo, responsável pelo recolhimento dos produtos de ambulantes. Embora boa parte da população reclame da presença do comércio informal, há quem prefira os vendedores na calçada do que as abordagens das lojas. É o caso da doméstica Luciana dos Santos, 40.
Conforme o presidente do Sindilojas, Sadi Donassolo, as lojas adotam panfletos e outras estratégias para competir com os ambulantes. Ainda assim, conforme ele, são medidas insuficientes, embora ajudem. Segundo ele, por vezes os lojistas se obrigam a adotar medidas ilegais, como o som externo, para combater a ilegalidade do comércio informal, que segue aumentando. A entidade não descarta adotar vias judiciais e já solicitou ao novo governo que adote medidas de combate aos ambulantes.