A sexta-feira pode ser de paralisação em alguns serviços públicos no Rio Grande do Sul. Diferentes categorias no Estado aderiram ao Dia Nacional de Greve convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). O funcionamento de escolas estaduais e particulares, de delegacias e do transporte público de Porto Alegre pode ser afetado.
Quem depende de ônibus pode ter dificuldades nas primeiras horas do dia. O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre informou que não apoia a greve, mas não garantiu circulação normal dos coletivos – algumas centrais devem fazer atos isolados nas garagens das empresas.
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Os estudantes de colégios estaduais e particulares também podem ser surpreendidos por uma paralisação de professores, convocada tanto pelo Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), quanto pelo Sinpro, que representa a categoria em escolas privadas. A Secretaria Estadual da Educação e o Sindicato do Ensino Privado (Sinepe-RS) orientaram as instituições, pais e alunos a manterem suas atividades normais e comparecerem às aulas nesta sexta-feira.
A CUT-RS, a Federação Estadual dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Fessergs) e outras entidades que aderiram à greve farão atos durante o dia para pedir o apoio da população. Estão previstas panfletagem no Centro Histórico de Porto Alegre e em outros locais de grande circulação de pessoas.
Às 15h, as categorias devem se reunir na Assembleia Legislativa para acompanhar audiência pública sobre os impactos da MP 746 (reforma do Ensino Médio) e da PEC 55 (teto dos gastos públicos). Mais tarde, por volta das 18h, está previsto um ato que começará na Esquina Democrática e percorrerá as ruas de Porto Alegre.
Além de agenda nacional, protestos contra parcelamento de salários
Os grevistas convocaram a manifestação nacional por diversos motivos. Os principais estão relacionados a políticas adotadas recentemente pelo governo federal, como a PEC do Teto, que estabelece teto para gastos públicos pelos próximos 20 anos e reformas anunciadas pelo Planalto na área trabalhista, na Previdência Social e no Ensino Médio.
Há, ainda, razões locais para a paralisação. O Cpers e o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Ugeirm-Sindicato) aproveitaram a manifestação para protestar contra o parcelamento de salários do funcionalismo estadual, promovido pelo governo de José Ivo Sartori, e também contra a manutenção de presos em delegacias. Por isso, algumas DPs podem ter atendimento comprometido.
O Sindicato dos Bancários da Capital (Sindibancários) informou que não aderiu ao movimento, mas comunicou que, se não houver transporte público algumas agências podem ter atendimento restrito nas primeiras horas.
*Zero Hora