Morreu em 14 de novembro o fotógrafo gaúcho Leo Guerreiro, aos 87 anos. Ele estava em casa, em quadro degenerativo, quando teve uma parada respiratória no começo da tarde desta segunda-feira e não resistiu. Ele havia sido internado por cerca de 15 dias no Hospital Ernesto Dornelles devido a uma pneumonia.
Natural de Porto Alegre, ajudou a fundar a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (Arfoc), em 1956. Foi eleito presidente da instituição entre 2005 e 2008. Atuou como assistente técnico da então Secretaria de Educação e Cultura do Estado e lecionou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde criou a disciplina de fotografia no Centro de Artes. Por mais de 50 anos, Guerreiro atuou como repórter fotográfico.
Deixa três filhos, Simone Ameida Guerreiro, 53 anos, Elaine Guerreiro, 59, e Leo Guerreiro Júnior, 56. A esposa, Ada Maria Almeida Guerreiro, com quem foi casado por 60 anos, morreu em 24 de setembro, após ficar quatro dias em coma, vítima de um derrame cerebral.
– Ele adorava tomar café com os amigos, era alguém muito sociável. Falava sobre fotografia e amava arte. Frequentava museus e galerias, estava sempre rodeado de pessoas queridas. Foi autodidata e é muito repeitado como profissional – conta com carinho a filha Simone.
O fotógrafo estava aposentado desde sua volta para Porto Alegre, depois de encerrar carreira como professor na UFSM. Ainda assim, ele continuou trabalhando com a restauração de retratos e fotos antigas.
O amigo Ricardo Chaves, colunista e ex-editor de fotografia de ZH, lembra que as famílias eram vizinhas em Capão da Canoa, quando se encontravam nos verões.
– Ele sempre nos levava para pescar. De todos os pais, era o que mais brincava com a criançada. Uma vez comprou um bumerangue para brincarmos, era um parceirão. Ele foi fudamental para mim, era uma referência. Quando eu comecei a fazer fotos, levei meu primeiro filme para o Leo revelar. Ele tinha a maior paciência – conta Kadão.
A família ainda não tem informações sobre o velório e o enterro do fotógrafo.