A Justiça gaúcha deu 10 dias para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) deixar a área do Horto Florestal Carola, da CEEE, invadida em 14 de novembro em Charqueadas, na Região Metropolitana. Caso o terreno não seja deixado voluntariamente, a juíza Paula Fernandes Benedet afirmou que será autorizado o uso de força policial. A intimação deve ocorrer em breve, quando começará a contar o prazo.
O MST afirma que aguardará a intimação do oficial de Justiça para avaliar o que será feito. A invasão, segundo o movimento, tem como objetivo pressionar para a compra da área pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e posterior assentamento de famílias. Os sem-terra alegam que a companhia já teria sinalizado para a venda do terreno, de mais de mil hectares. Os cerca de 500 manifestantes estão no local desde o último dia 14 de novembro.
No despacho, a juíza ponderou que o tempo de 10 dias foi assim fixado pela "possibilidade de estarem no local diversas famílias e crianças".
Não houve audiência de conciliação entre os envolvidos à pedido da CEEE. A defesa da companhia alegou que em outra ocupação, em janeiro de 2015, desapareceram 39 tambores cheios e lacrados contendo preservativo de madeira do tipo CGA, razão pela qual diz haver elevado potencial de danos ao meio ambiente caso a invasão perpetue.
A CEEE usava a área com o objetivo de florestamento de árvores para a fabricação de postes. No pedido de reintegração, a defesa da companhia alegou que após uma outra invasão sumiram do terreno 39 tambores cheios e lacrados contendo preservativo de madeira do tipo CGA, que causaria "potencial de danos ao meio ambiente caso a invasão perpetue". O MST não se manifestou sobre isso.
Gaúcha
Justiça dá 10 dias para MST sair de área invadida em Charqueadas
Os cerca de 500 manifestantes estão no local desde o último dia 14 de novembro
Vitor Rosa
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: