O diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia concedeu entrevista à rádio colombiana RCN na manhã desta quarta-feira (30). O coronel Edgar Sanchez garantiu que, por respeito às vítimas, as investigações que apuram as causas do acidente serão realizadas. Ele afirmou que as caixas-pretas da aeronave que transportava a delegação da Chapecoense foram encontradas e serão enviadas a Grã-Bretanha, onde serão periciadas. O diretor pediu prudência, já que há muita informação circulando nas redes sociais.
O coronel informou que é necessário reunir informações de conversas com a torre de controle. Previamente, ele disse que a análise que se tem é que os protocolos apropriados foram utilizados. Sanchez avaliou que já se pode dizer muito sobre o acidente, mas o importante é a pesquisa que precisa ser feita. Por fim, disse que o resultado da investigação será conhecido no momento oportuno.
A hipótese provável de falta de combustível é a mais destacada pela imprensa da Colômbia. Os jornalistas relatam que não houve abastecimento da aeronave que levou a delegação da Chapecoense de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia para Medellin, na Colômbia.
Em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo, o diretor da empresa aérea boliviana Lamia, general Gustavo Vargas, informou que as cidades de Cobija, no norte da Bolívia, e Bogotá, capital da Colômbia, eram alternativas para aterrissagem caso houvesse necessidade. Porém, o piloto e dono da empresa, Miguel Alejandro Murakami, decidiu seguir viagem direto ao Aeroporto Internacional José María Córdova, na cidade de Rionegro, no departamento de Antioquia.
E o porta-voz da Lamia, Mario Pacheco, confirmou que o avião que conduzia e delegação da Chapecoense tinha autonomia para cerca de 3 mil quilômetros. A A distância em linha reta entre os aeroportos de Santa Cruz de la Sierra e José María Córdova era de 2.975 quilômetros.