De acordo com o último levantamento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, feito na tarde desta segunda-feira, há 1.072 unidades de ensino ocupadas em todo o Brasil. Em Santa Catarina, foram contabilizadas pelo menos cinco instituições: dois campi do Instituto Federal Catarinense (IFC), em Rio do Sul e Araquari; e três do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em Araranguá e Chapecó e Xanxerê. Os estudantes protestam contra a PEC 241, que propõe oteto de gastos para o governo federal, e a reforma no ensino médio.
O movimento chegou a Santa Catarina há uma semana, em 17 de outubro, com a ocupação do campus do IFC de Rio do Sul. Já nesta segunda-feira, a diretoria do IFSC tomou conhecimento da ocupação do campus de Xanxerê.
Estudantes também impediram as aulas na Escola Estadual Básica Soror Angélica e da Escola Municipal Irmã Cecília, que funcionam no mesmo prédio, em São Lourenço do Oeste. O movimento começou com os estudantes da unidade estadual, do ensino médio, e terminou no sábado, depois de conversas com a Secretaria Municipal de Educação.
O movimento teve origem e conta com maior força no estado do Paraná, que atualmente possui 847 unidades de ensino ocupadas, entre escolas, institutos federais e universidades.
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A Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina não tomou conhecimento de nenhuma unidade estadual ocupada. Tampouco se posicionou sobre o movimento.
O IFSC esclarece, ainda, que a ocupação é de livre iniciativa dos estudantes, assim como já vem acontecendo em outros institutos federais por todo o País. Neste sentido, entende o movimento como legítimo, pacífico e uma demonstração de cidadania por parte dos alunos. A Instituição está acompanhando de perto o movimento e em constante diálogo com os estudantes por meio das direções gerais dos câmpus.
Já o IFC:
Compreende que se trata de um movimento importante e legítimo, denominado Ocupa Escola, e que vem ocorrendo em todo o Brasil. Importante porque, além de ter caráter reivindicatório, contribui para a formação política e cidadã dos nossos jovens. Legítimo porque busca um amadurecimento sobre os reflexos do congelamento do orçamento voltado à educação e os impactos de uma reforma do ensino médio por meio de uma Medida Provisória.