Após o Piratini anunciar na sexta-feira o parcelamento do salário dos servidores do Executivo pelo nono mês consecutivo, sindicatos que representam os órgãos de segurança pública do Estado divulgaram que vão realizar operação-padrão a partir de segunda-feira, quando a primeira faixa da folha, R$ 450, será depositada na conta dos trabalhadores.
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O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia (Ugeirm-Sindicato) vai realizar uma paralisação de 24 horas na segunda-feira. Segundo o presidente da Ugeirm-Sindicato, Isaac Ortiz, durante o período, a entidade orienta que os servidores atendam apenas casos graves, que serão avaliados pelos policiais. Ortiz ainda afirma que, durante a data, diversas plenárias serão realizadas pelo órgão para avaliar os próximos passos do movimento contra os parcelamentos.
A Abamf, entidade que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar, afirma que realizará operação-padrão, que não permite a saída de policiais em viaturas estragadas e o trabalho da corporação sem as condições adequadas, até a integralização dos vencimentos. O presidente da Abamf, Leonel Lucas, afirmou que na terça-feira, a partir das 6h, os policiais representados pela Abamf deverão realizar um aquartelamento por 15 horas seguidas em protesto ao fatiamento dos salários.
O Sindicato dos Servidores da Policia Civil do RS (Sinpol) também vai realizar operação-padrão a partir de segunda-feira. Emerson Ayres, presidente do Sinpol, disse que, durante o movimento, deverão ser atendidos apenas casos graves:
– Novamente, nós vamos cumprir a decisão da categoria e realizar operação-padrão, onde vamos continuar atendendo apenas casos graves, de atos contra a vida, violência contra mulheres, idosos e crianças – afirmou Ayres.
O presidente do Sinpol ainda afirmou que uma assembleia será realizada pelos servidores durante a paralisação para avaliar e definir as novas ações do sindicato contra os parcelamentos.
A presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (ASDEP), delegada Nadine Anflor, disse que a associação não fará ação especifica contra o novo parcelamento dos salários dos servidores do executivo. Mas Nadine destacou que cada delegado poderá adotar "a postura que achar mais adequada" em relação ao caso.
– Não vamos fazer nada específico em relação ao caso. Nós não gostamos é de a informação chegar primeiro na imprensa. Anteriormente, pedimos que fosse informado para os servidores os valores e as datas das parcelas, mas, mais uma vez, eles não nos informaram com antecedência.
A Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs) não vai realizar atos contra a decisão do Piratini. O presidente da Fessergs, Sérgio Augusto Arnoud, informou que vai conversar na segunda-feira com as entidades de servidores públicos para estudar medidas a serem adotadas.
*Zero Hora