Os cerca de dois mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens e do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), que estavam nos pátios do Ministério da Fazenda e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre, desocuparam os locais de manifestação na tarde desta quarta-feira, dois dias depois da ocupação.
A saída aconteceu após dois dias de negociações entre camponeses e o governo federal, em Brasília, que pautou, entre outras questões, a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de penalizar 578 mil beneficiários da reforma agrária, em todo o Brasil, por considerá-los irregulares; a reforma de previdência; a permanência de políticas públicas para o campo, como assistência técnica, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Minha Casa, Minha Vida; o assentamento das 120 mil famílias acampadas no país; e revogação da lei que permite a venda indiscriminada de terras para estrangeiros.
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As famílias começaram a desocupar os locais no Rio Grande do Sul após participarem da marcha da 22ª edição do Grito dos Excluídos.
Em todo o Brasil, mais de 12 mil pessoas estiveram mobilizadas em 12 estados, além do Distrito Federal, com ocupações, marchas e atos políticos (Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Pernambuco).
*Zero Hora