Depois de o advogado Fábio Medina Osório afirmar que sua demissão do comando da Advocacia-Geral da União (AGU) faz parte da tentativa do governo Temer de "abafar a Lava-Jato", a instituição se posicionou publicamente. Em nota, a AGU diz "reafirmar seu irrestrito compromisso com a missão constitucional que lhe foi atribuída na qualidade de função essencial à Justiça".
O texto expressa que algumas declarações veiculadas nos últimos dias "atestam o desconhecimento das rotinas e procedimentos da Instituição na responsável condução dos trabalhos de defesa judicial e extrajudicial da União, em especial no tocante à defesa do patrimônio público e da probidade administrativa". Medina Osório acredita que a gota d'água para sua demissão tenha sido a solicitação de acesso aos inquéritos da Operação Lava-Jato.
– Nós já vínhamos rechaçando essa metodologia espúria de tentativa de abafamento de uma atuação funcional. Então, essas divergências efetivamente se aprofundaram, até o ponto culminante, que foi de fato sugerido que eu pedisse demissão, eu rechacei e, tal como está relatado aí nas matérias, agora na mídia, eu aguardei e foi comunicado pelo Diário Oficial da União (DOU), e depois pelo telefonema do presidente Temer – afirmou o advogado à Rádio Gaúcha neste sábado.
A AGU – agora comandada pela servidora de carreira Grace Mendonça – finaliza o texto dizendo que "reitera que o combate à corrupção e a defesa do erário, além da segurança jurídica aos seus órgãos assessorados, são e continuarão sendo suas principais missões institucionais".