Terminou na semana passada a produção de um dos carros mais duradouros da história recente do país. Depois de duas décadas, o Corsa Classic, que estava sendo fabricado apenas na Argentina, sai de linha. A comunicação oficial por parte do GM foi publicada em jornais de Buenos Aires.
Ao menos em seu site, a GM do Brasil não se manifestou sobre o fato até o início desta semana. O certo é que o consumidor brasileiro só terá um Classic 0km se houver estoque em lojas do país ou se houver remessas chegando.
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A fábrica argentina também informa que o Prisma Joy, feito em Gravataí, irá suprir a demanda do modelo, um sedan pequeno. Além disso, o Agile, já descontinuado no Brasil, deverá sair de linha no mercado vizinho.
Público fiel
Lançado 20 anos atrás como Corsa Sedan, o modelo foi rebatizado de Classic em 2003. Isso porque precisava conviver com a segunda geração do Corsa, comercializada entre 2002 e 2012.
Mesmo com a ampliação do portfólio da Chevrolet com os compactos Onix e Prisma (ambos acabaram de ressuscitar a versão Joy para servirem de modelos de entrada da marca), o Classic 1.0 se mantinha com público fiel – inclusive na frota de táxis da Capital. Quatro portas e com porta-malas de 425 litros, oferecia bom espaço para o preço de R$ 32,6 mil. Porém, seu design defasado e a forte concorrência fizeram a GM encerrar seu ciclo.
No Brasil, o Classic vendeu apenas 10.023 unidades no primeiro semestre deste ano (1.728 em julho). O modelo já chegou a ser o mais vendido da Chevrolet no país em sua melhor fase, no fim do século XX. O Classic teve mais de 1 milhão de modelos vendidos no Brasil em toda a sua história e só é superado pelo Chevette e pelo Fusca como veículo mais vendido de todos os tempos no país.