Natural de Farroupilha, o medalhista de ouro com o vôlei masculino brasileiro, Éder Carbonera, suportou a dor de uma luxação para se manter no time campeão da Olimpíada Rio 2016. Em entrevista ao Gaúcha Repórter da Gaúcha Serra na tarde desta segunda-feira (22), ele disse que apostou todas as fichas nessa que pode ter sido a sua última chance de participar dos jogos olímpicos.
Aos 32 anos, o jogador já havia sido cortado das seleções de duas Olimpíadas anteriores. O central da seleção conta que investiu em treinamento específico desde 2013, quando começou um novo ciclo preparatório:
"Me dediquei muito, trabalhei muito nesses anos, fiz trabalho tanto na parte física quanto na parte mental - trabalho há mais de três anos com um coach que contratei à parte para fazer trabalho específico comigo - faço trabalho com nutricionista e procurei sempre estar em grandes times para evoluir o voleibol também". Na próxima temporada da Superliga, Éder defenderá o Taubaté; antes, estava no Sada Cruzeiro, onde foi campeão nas três últimas temporadas.
Éder conta que apostou todas as fichas nesta edição dos jogos, já que em 2020 terá 36 anos e, pelo desgaste e o nível treinamento intenso, talvez não tenha condições de participar novamente. O atleta relata que suportou dores durante o treinamento para não perder o espaço na seleção:
"Quando cheguei na seleção vim com tudo; bem no início dos treinamentos eu tive uma luxação no dedão esquerdo, que era uma lesão que poderia ter me tirado dos jogos porque o tempo de recuperação era de dois meses, aproximadamente, o que daria exatamente no início da Olimpíada - com uma semana, comecei a usar uma bandagem e um esparadrapo para segurar o dedão preso ao resto da mão, para não voltar a luxar, e fui aguentando a dor e lutando pelo meu espaço".
Durante a entrevista ao Gaúcha Repórter, Éder teve a oportunidade de conversar com o irmão Renato Carbonera e receber dele os parabéns pela conquista:
"Eu sei que todo mundo deu uma contribuição, a família principalmente, que sempre apoiou. A gente sabe da importância da família em todas as horas, e com certeza ajudou muito e deu uma força extra na hora da decisão e na hora de conseguir essa medalha", disse o jogador.