Destaque na programação da Rádio Gaúcha, a jornalista Kelly Matos, 29 anos, está em Brasília para acompanhar todos os detalhes da última etapa do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. É a quarta vez neste ano que ela viaja ao Distrito Federal para contar na rádio o que acontece no Congresso. E sem reclamar. Kelly adora estar no meio do fogo cruzado da política nacional, que acompanha como se fosse uma novela da vida real.
Diário Gaúcho – Quem te ouve no rádio tem a impressão de que tu conheces todos os 513 deputados federais e 81 senadores porque, no meio da correria, sempre os reconhece pelo nome e pela cidade que representam. E não só os principais, mas aqueles do interiorzão do Nordeste também, por exemplo. Tem um álbum de figurinhas com os rostinhos deles para decorar ou alguém te sopra fora do ar?
Kelly Matos – Parece inacreditável mesmo, mas eu trabalhei direto aqui em Brasília por quatro anos e todos os anos eu volto para alguma cobertura especial. O Congresso é algo familiar para mim. Os deputados me conhecem. Nesta semana, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) me chamou e disse que estava com saudade. Perguntou onde eu andava e deu risada.
Diário – Tu és uma guria muito bonita, o que é também relevante na televisão. Não pensa em mudar de veículo?
Kelly – Um monte de gente me pergunta se eu vou para a tevê, mas a rádio é muito viciante. Quem tem oportunidade de fazer sabe isso. No rádio, é como se a gente fizesse parte da vida das pessoas, te permite improvisar e brincar. A tevê tem um formato mais engessado por causa da grade de programação.
Diário – Como te mantém atualizada com tudo que acontece na política nacional?
Kelly – Quando eu resolvi que ia atuar na política, decidi acompanhar isso o tempo inteiro. Então, me informo em todos os veículos e adoro o Jornal das 10, da GloboNews, com a Renata Lo Prete, que é incrível, tem uma compreensão! Eu tenho este cuidado de não perder um capítulo, é a novela da vida real. Eu sou até chata porque vejo tudo e coloquei no meu Twitter uma notificação para me avisar do que entra sobre política.
Diário – Assim, não sobra tempo para a vida social, para namorar.
Kelly – Não tem como! Enquanto não der uma acalmada na política, não consigo acalmar também. Estou solteira. Acho que já perdi uns dois ou três maridos porque não me aguentaram (risos).