O prédio onde funcionava a Boate Kiss em Santa Maria terá de ser devolvido à empresa Eccon Empreendimentos de Turismo e Hotelaria, proprietária do imóvel. A decisão é do juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo processo criminal relativo à tragédia, que causou 242 mortes, o ocorrida em janeiro de 2013. As informações são do G1.
O despacho determina a liberação imediata do prédio onde funcionava a boate Kiss, que a partir de agora deve ser de responsabilidade dos proprietários. Ainda, o documento estipula um prazo até a próxima segunda-feira (15) para que a Brigada Militar deixe de fazer a segurança do local. A partir de segunda, a segurança do prédio fica a cargo da empresa proprietária.
Alguns pertences de vítimas do incêndio ficaram dentro do prédio. Em relação a estes bens, Louzada determinou que sejam levados a uma delegacia de polícia, e que a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) seja notificada para que familiares possam ir buscar os objetos.
O prédio havia sido interditado pela Justiça devido a um pedido de reconstituição do incêndio. Em dezembro do ano passado, a construção passou por uma limpeza devido ao risco de que ainda houvesse substâncias tóxicas decorrentes da queima da espuma no teto da casa noturna, o que foi responsável pela maioria das mortes.
No ano passado, um advogado que representa a Eccon disse ao G1 que a empresa planeja construir um hotel no local onde funcionava a casa noturna.