O Pokémon Go foi lançado no Brasil nesta semana, quando finalmente a impaciência dos brasileiros pôde chegar ao fim. Assim como aconteceu em vários outros lugares do mundo, já há relatos por aqui de jogadores que foram assaltados enquanto caçavam bichinhos virtuais pelas ruas.
Por isso, a advogada Alessandra Borelli, especialista em educação digital, explica os cuidados que se deve tomar com esta nova febre.
Diário Gaúcho – Tem para quem reclamar se o jogador for assaltado ao ficar dando mole caçando Pokémons nas ruas com o celular?
Alessandra Borelli – Embora a decisão de jogar seja do usuário, o fato de o aplicativo ter o controle do serviço de distribuição dos monstrinhos representaria uma ação para que a empresa fosse responsabilizada, já foi até divulgada uma nota pedindo para que as pessoas utilizem o aplicativo com segurança e responsabilidade. Além disso, há reclamações de pessoas que têm suas casas invadidas pelos jogadores. Pode, sim, haver responsabilidade da empresa nestes casos. É preciso cuidado para que a brincadeira não vire cilada.
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Diário – Como os pais devem agir para controlar a animação das crianças com o jogo?
Alessandra – Devem ensinar que não se pode sair por aí invadindo lugares privados. Tem gente caçando Pokémon em cemitério, no meio do velório! E viralizou a história de um cara nos Estados Unidos que estava acompanhando o nascimento do filho e achou um Pokémon na sala de parto.
Diário – O segredo é usar com moderação.
Alessandra – Sim, não dá para bobear na rua. As pessoas quase colocam o celular na cabeça para caçar Pokémons, não olham para os lados. Os ladrões estão deitando e rolando.
Diário – Nem pensar procurar Pokémon no trânsito?
Alessandra – Não! O Detran do Rio de Janeiro já está orientando sobre este aplicativo. Também não dá para jogar usando bicicleta. Sua perna e seu braço valem mais do que um Pikachu.
Diário – Já baixou o aplicativo?
Alessandra – Sim, não posso falar sem usar. É muito fofinho. Usando de forma responsável não tem problema.