Conhecido como Cavaleiro das Américas, o jornalista Filipe Masetti Leite, 29 anos, está viajando desde abril com as companheiras Life e Doll, suas éguas. O percurso envolve o Rio Grande do Sul, Argentina, Uruguai e Chile. Ele saiu de Barretos (SP), e pretende chegar, em abril de 2017, ao “fim do mundo”: Ushuaia, na Patagônia, Argentina. A cidade é apelidada assim por ser a mais sul do planeta.
Essa é a segunda viagem que o cavaleiro realiza. A primeira, do Canadá para o Brasil, levou dois anos e três meses. A jornada, de 16 mil quilômetros, durou 803 dias. Leite conta que sempre foi apaixonado por cavalos. A motivação para pegar a estrada nasceu quando ele ainda era criança.
Assista ao vídeo
– Meu pai sempre lia a história de um aventureiro que cavalgou durante dois anos e meio. Era meu sonho de vida fazer algo semelhante – diz.
Leite pesquisou e viu que era possível viajar com os animais, sem mal tratá-los. Ele conta ainda que, ao chegar da aventura, ficou por um ano, escrevendo um livro, intitulado Longa Jornada, que será lançado em dezembro. A história é uma mistura das suas viagens e relatos da sua vida. Nessa segunda longa viagem, Leite percorre 30 quilômetros por dia, e, reveza entre as duas éguas.
O cavaleiro partiu com um objetivo admirável: arrecadar fundos para doar às crianças com câncer do Hospital do Câncer de Barretos (SP).
– Eu conheci o hospital e fiquei muito impactado e emocionado com a história das crianças e decidi que precisava fazer alguma coisa para ajudar. Por que não fazer outra viagem? – conta.
Partindo dessa ideia, Filipe arrumou as malas e partiu. Além da arrecadação, ele leva o conhecimento sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce do câncer infantil. Até agora, o jornalista de aventura já percorreu dois mil quilômetros e arrecadou 20 mil para doação. Além disso, lançou uma linha de botas e selas, em que metade do valor das vendas é destinado para o hospital.
Sobre a sua passagem pelo Rio Grande do Sul, Leite destaca que está amando a oportunidade de conhecer a cultura dos gaúchos.
– Me identifiquei ainda mais com o Sul, devido ao amor que o povo tem pelos cavalos. Aqui, o cavalo é um Deus. Hoje em dia, está muito difícil esse relacionamento entre as pessoas e os animais – fala.
A próxima parada do aventureiro é Santana do Livramento (RS).