Com dificuldades para barrar a cassação da presidente afastada Dilma Rousseff, três deputados do PT assinam uma representação que será formalizada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), que tenta suspender o processo de impeachment em discussão no Senado.
Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) firmam o documento, que será protocolado em Washington. Segundo os parlamentares, Dilma assina a representação na condição de vítima. Caso a representação não seja aceita na comissão da OEA, os parlamentares pretendem recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
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– Foi identificada uma série de situações na Câmara, Senado e Supremo em desacordo com protocolos internacionais dos quais o Brasil é signatário. São violações graves – explica Pimenta.
Os parlamentares pedem à comissão uma medida cautelar para que o processo de afastamento seja suspenso até que os organismos internacionais se pronunciem sobre o caso. Eles defendem que o impeachment seja anulado e que Dilma reassuma a Presidência, exercida de forma interina por Michel Temer desde 12 de maio.
A representação junto à OEA fará críticas ao Judiciário brasileiro, acusado pelos deputados de ter permitido as violações das quais eles afirma que Dilma é vítima. Serão divulgadas versões em português, inglês e espanhol do documento para imprensa brasileira e internacional. Uma coletiva está prevista para esta quarta-feira a fim de explicar as medidas.
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