A Marcopolo, de Caxias, concluiu a incorporação da L&M, controladora da San Marino Ônibus e Implementos (Neobus).Em assembleia geral extraordinária, nesta quarta-feira, os acionistas da Marcopolo avalizaram o negócio, após o ok já dado pelo Conselho de Administração da companhia em 18 de julho.
Com isso, a totalidade das cotas da Neobus passa a ser detida pela Marcopolo – as duas são fabricantes de ônibus locais –, complementando o mix de produtos e possibilitando o aproveitamento das sinergias entre as operações, com ganhos de eficiência e racionalização de custos. Dessa forma, a Neobus ganha impulso para dar sequência à sua trajetória, com grande potencial de mercado.
O sim dos acionistas era o último passo para a consolidação do negócio. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça e Cidadania, também já havia dado sinal verde para a transação, no final de maio. Posteriormente, por suspeitar de "prestação de informação enganosa/falsa" na fase de pré-notificação do ato de concentração, o Cade aplicou multa de R$ 250 mil às empresas, o que não inviabilizou o negócio, mas funcionou como punição.
Para entender: a Marcopolo já contava com 45% de participação na Neobus e agora assume a totalidade das quotas da empresa. Pela transação autorizada, os sócios da L&M passam a deter uma participação minoritária inferior a 3% da Marcopolo. Mesmo com a operação, as unidades de negócios Marcopolo, Neobus e Volare continuarão a operar de forma independente em termos de rede de comercialização e marcas.
Com isso, o polo caxiense de fabricação de carrocerias de ônibus se consolida como o maior do país, detendo quase 50% do mercado nacional.