Emerson Castilhos, 43 anos, está na Alemanha desde o último dia 11. Na quarta-feira, o santa-mariense visitou o centro comercial OEZ (Olympia-Einkaufszentrum), em Munique, na companhia da enteada que mora lá desde janeiro. Nesta sexta-feira, dois dias depois, o local, que fica próximo ao Parque Olímpico da cidade, seria palco de mais um ataque terrorista.
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Por volta das 18h desta sexta-feira (horário local), um atirador invadiu o shopping e abriu fogo contra uma multidão. Ainda não se sabe o número exato de mortos e feridos. A polícia alemã confirmou pelo menos nove sete. O jornal Müncher Abendzeitung cita 15.
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Segundo Castilhos, que viajou com a mulher para visitar a enteada, o clima nas ruas é de muita tensão.
– A situação está bem tensa. A polícia está pedindo para que as pessoas não saiam para as ruas, porque algumas células do Estado Islâmico, células adormecidas, como eles chamam, estão prometendo mais ataques para esta noite – relata o santa-mariense que, atualmente, mora em Santa Cruz do Sul.
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O vendedor estava na praça Marienplax, no centro de Munique, no momento do ataque, e conta que os policiais pediam que todos entrassem para dentro de casas ou lojas. Ele viu várias ambulâncias passarem em alta velocidade pela rua, a poucos metros do hotel onde estava:
– As estações de bahn (trem) estão todas fechadas e nem os táxis estão estão funcionando.
Ainda de acordo com Castilhos, desde a última semana, a cidade está em alerta, após uma família que abrigava um refugiado ter sido morta a facadas por ele.
– Infelizmente, a Europa toda, mais a Alemanha, está pagando um preço muito alto por ter aceitado os refugiados desta maneira. Não que eu seja contra isso. Munique é uma cidade verdadeiramente muito linda, e acho que como qualquer outra cidade do mundo não merecia isso que está acontecendo. É um conflito de religiões que estamos tendo no mundo, e eu acredito que isso um dia vai acabar – desabafa.