Schirlei Alves
Após ouvir cerca de 60 testemunhas em Tubarão (SC) _ cidade natal da família que foi vítima de uma chacina em Porto Alegre, no dia 2 de junho, a polícia voltou com novos indícios sobre a motivação do crime e com mais três suspeitos presos.
Um casal e um homem que seriam primos das vítimas foram detidos com prisão temporária de dez dias. É o tempo que a equipe da delegada Luciana Smith tem para submetê-los a novos interrogatórios e acareação - quando as testemunhas são confrontadas frente a frente.
As provas coletadas através dos depoimentos no município catarinense também possibilitaram na conversão da prisão temporária em preventiva do principal suspeito do crime, que é um policial militar aposentado. A delegada acredita que ele tenha sido o mandante do assassinato, mas não descarta a hipótese de que ele tenha participado da ação.
A chacina ocorreu na casa 335 da Rua José Marcelino Martins, Bairro Itu-Sabará. Os corpos de Lourdes Felipe, 64 anos, seus filhos Walmyr Felipe Figueiró, 29 anos, e Luciane Felipe Figueiró, 32 anos, e os netos João Pedro Figueiró, cinco anos, e Miguel, de um mês, foram encontrados dentro da casa em estado avançado de decomposição. Os adultos e o filho de cinco anos de Luciane foram mortos com um tiro na cabeça. O bebê morreu asfixiado, possivelmente por causa do peso do corpo da mãe.
Segundo a investigação, o bebê seria o pivô da tragédia. Em uma das visitas à família em Tubarão, Luciane se envolveu com o PM e engravidou dele. O policial já mantinha um relacionamento com a prima de Luciane e com outra mulher.
– Ele não queria aceitar a paternidade, tentou de todas as formas com que ela interrompesse a gravidez, depois tentou subornar o laboratório (onde foi feito o exame de DNA) – destacou Luciana.
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