A direção da Escola Municipal Hylda Vasconcellos, de Santa Maria, confirmou, nesta quarta-feira, que pelo menos uma família decidiu transferir um aluno da instituição depois da realização de um casamento caipira gay. A encenação foi realizada em uma festa julina, no último sábado.
– Na verdade, eles demonstraram desconforto (com o evento) desde o início _ comenta a vice-diretora da escola, Juliana Campos.
Casamento caipira gay em escola de Santa Maria foi uma aula de diversidade
Em princípio, a postura da escola será respeitar a decisão dos pais, já que há o entendimento de que não é necessário pedir desculpas pelo feito _ fruto de um trabalho contra o preconceito e a intolerância realizado pela escola durante meses. Ainda assim, a encenação gerou polêmica _ inclusive na internet _ mesmo antes da apresentação. Em função da repercussão negativa, os alunos que formaram os casais (duas meninas e dois meninos) pediram para serem fotografados de costas, para não serem vítimas de ataques preconceituosos.
Campanha nas redes sociais expõe machismo e outras violências
Mesmo assim, na avaliação da professora, a apresentação foi extremamente leve e lúdica, que não foi desrespeitosa nem com héteros nem com homossexuais.
– O preconceito que existe é velado, é surdo. Mas a festa foi uma atividade de conscientização – diz a professora.
Na próxima segunda-feira, Juliana e dois alunos da escola discutirão o tema no programa Encontro com Fátima Bernardes, na RBS TV. O programa começa às 10h50min.