O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, defendeu o presidente em exercício Michel Temer neste sábado, 30, ao afirmar que ele se viu obrigado a conceder o reajuste salarial ao funcionalismo público. O aumento real contraria a campanha que Skaf promoveu contra o aumento de impostos, consequente da má gestão dos gastos públicos.
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Citando o próprio presidente, Skaf argumentou que "todos os compromissos foram tratados e assinados pelo governo anterior".
– Se ele não cumprisse, poderia gerar um problema de segurança jurídica. E temos de reconhecer que o momento é bastante delicado até o fim da votação do impeachment no Senado Federal – afirmou Skaf, durante a convenção do PMDB de homologação da candidatura de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.
O presidente da Fiesp afirmou que o aumento do funcionalismo é um fato consumado.
– Devemos olhar para a frente e buscar aprovar a proposta que limita os gastos públicos para que, a partir do ano que vem, já esteja em vigor – disse Skaf.
O ex-candidato ao governo de São Paulo pelo 2014 pelo PMDB declarou que o governo federal acerta ao lutar pela aprovação do projeto que limita os gastos públicos.
– Se essa lei existisse há dez anos, a dívida pública seria seis vezes menor. Se a dívida publica fosse menor, a Selic poderia ser de 2% ou 3 % e não de 14,25% como é hoje – afirmou.
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