A prefeitura de Santa Maria fechou duas distribuidoras de bebidas e dois bares ilegais na Região Central do município entre a noite de sexta-feira (8) e a madrugada deste sábado (9).
Os locais são: Central de Bebidas, na Rua Serafim Valandro; Marcus Cervi, na Rua Duque de Caxias; Box 54, na Rua Venâncio Aires; e Vaca Profana, na Rua Serafim Valandro.
Os locais não podem abrir até que regularizem a sua situação. Caso descumpram a determinação da prefeitura, estarão sujeitos a multa.
Conforme o superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Tiago Candaten, a ação aconteceu depois que a prefeitura recebeu diversas denúncias, principalmente relativas ao sossego público (barulho e sujeira).
Uma associação de moradores da região da Rua Venâncio Aires aponta que há meses enfrenta problemas de sossego sempre a partir das quintas-feiras, quando grupos de pessoas se reúnem entre a noite e a madrugada em frente a distribuidoras de bebidas.
A situação já foi alvo, inclusive, de uma audiência pública junto à Câmara de Vereadores. Uma moradora sinaliza que precisa dormir na sala, junto com os filhos, que fica aos fundos do apartamento, porque o barulho inviabiliza qualquer descanso. Outra disse que pretende vender o apartamento se a situação continuar.
Ainda, como havia sinalização de que os estabelecimentos funcionavam sem o devido alvará - que garante a segurança do cliente dentro do espaço e assegura a qualidade do produto vendido -, a fiscalização fechou esses espaços.
Marcus Cervi é o nome fantasia de um bar, que não tem nome na fachada, e que foi fechado por falta de alvará. O outro, o Vaca Profana, foi fechado também. No entanto, tramita na prefeitura o processo de regularização dele. A estimativa do poder público é que o estabelecimento possa voltar a abrir dentro de uma semana.
“Desde 2013 a gente tem trabalhado para conseguir o Habite-se (documento dado pela prefeitura permitindo que o imóvel ocupado) do prédio. Foi um processo demorado porque não é só do espaço que o Vaca Profana ocupa, mas de todo o prédio. Agora, enfim, ele está regularizado, então não deve haver mais nenhum impasse, pois temos o alvará sanitário, dos bombeiros, o que falta é o de localização, por isso o Habite-se”, disse o proprietário do bar, Andrei Cerentini.
Ele entende que a ação da prefeitura é necessária, mas acredita que ela poderia ter sido mais discreta.
“Eles chegaram até o local por volta das 22h30, quando o bar estava cheio, com três carros da Brigada (Militar), um da Guarda Municipal, seis fiscais e os policiais entraram armados. Não precisava. Os clientes ficaram assustados. Foi um constrangimento. Podia ter sido mais cedo, quando havia menos gente. Sequer deixaram que fosse entregue a comida pela qual os clientes pagaram. Ainda mais quando sabiam que o processo de regularização já está encaminhado”, explica.
Além disso, o Jack Lanches e o Macondo Lugar já foram notificados. O Jack Lanches, pois só pode ficar aberto até 1h. O Macondo, devido à forma de controle de entrada de clientes – como se formam filas grandes, apesar de ter atingido a lotação, acaba tendo aglomeração de pessoas, o que perturba os moradores.
A reportagem tentou contato com os outros estabelecimentos, mas não conseguiu conversar com os responsáveis.